O pólipo endometrial, também conhecido como pólipo no útero, é um desenvolvimento fora do normal de células do endométrio, que vão se multiplicando. Apesar de serem tumores, esses pólipos são habitualmente benignos, embora possam desenvolver malignidade com o tempo, caso não sejam tratados adequadamente.
Uma menstruação irregular pode sinalizar a presença de pólipos. Um leve desconforto na pélvis também pode indicar o problema. Porém, esses sinais podem ser indícios de que os pólipos já estão causando complicações associadas e que precisam ser tratados o mais rápido possível, para evitar danos ainda piores.
Como surgem os pólipos endometriais
Muitas mulheres não sabem, mas quando possuem um sangramento fora do período menstrual ou a menstruação é muito mais intensa do que o normal, pode ser em razão de alguma lesão uterina ou disfunção hormonal, o que demanda tratamento urgente. Entre as possíveis causas, uma das mais recorrentes é a presença de pólipos uterinos.
O endométrio é o tecido que reveste a camada interna do útero e é de suas paredes que surge a menstruação, caso o óvulo não seja fecundado. Quando suas células apresentam um desenvolvimento anormal e se proliferam, criam os pólipos. Eles possuem um aspecto amolecido e têm tamanhos bastante variados, identificando-se como uma protuberância aparente na cavidade uterina.
Cientistas ainda não identificaram a causa exata para o surgimento dos pólipos endometriais, contudo, sabe-se que as alterações hormonais são responsáveis pelo seu desenvolvimento e proliferação.
É possível também que eles se formem em consequência de algum tipo de lesão no útero. Há indícios de que alguns remédios contra o câncer de mama também influenciem no surgimento dos pólipos.
Mesmo que os pólipos endometriais não sejam malignos, é preciso uma avaliação médica periódica para identificar sua evolução. Também é preciso realizar uma ultrassonografia uterina para identificar se eles diminuíram, aumentaram, desapareceram ou se surgiram novos, especialmente em mulheres obesas, com hipertensão, histórico de pólipos na família e já com riscos de desenvolver um câncer.
Algumas consequências da presença de pólipos uterinos são uma menstruação muito mais intensa, sangramento fora do ciclo menstrual, dor pélvica e dificuldade em engravidar.
Como é feita a cirurgia
Mesmo que os pólipos endometriais não sejam malignos e que, por isso, não haja uma preocupação inicial, eles devem ser retirados para evitar a evolução para algo pior. Dessa forma, a cirurgia é o tratamento mais indicado.
Caso não haja dor e nem sangramentos excessivos, é preciso conversar com o médico para identificar se realmente é necessário realizar a cirurgia nesse momento. Tudo depende do estado de saúde da mulher. Embora seja importante retirá-los, mesmo assim, pode ser mais prudente aguardar outro momento.
O procedimento cirúrgico mais comum para a retirada de pólipos é a histeroscopia cirúrgica. É uma intervenção simples, podendo ser realizada no consultório ginecológico e em clínicas, necessitando-se apenas de anestesia local. Muitas vezes opta-se pela sedação venosa no bloco cirúrgico para maior conforto da paciente. Os pólipos e sua camada basal são retirados sem que haja uma corte externo, sendo permitido à paciente manter repouso em casa.
Caso a presença dos pólipos seja mais intensa e agressiva, com ocorrências frequentes ou ainda se tornando malignos, a retirada do útero pode ser a melhor opção. A cirurgia de histerectomia deve ser indicada para casos graves de pólipos e em mulheres que não desejam mais engravidar.
Opção mais radical, a retirada do útero evita não só pólipos endometriais como impede qualquer possibilidade de câncer na região. Mas, por ser uma medida tão radical, ela é mais propícia para mulheres que já passaram pela menopausa. Para as mais jovens e que podem ainda ter filhos, pode ser uma opção traumática.
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