O mioma uterino é comumente um tumor benigno, com baixo risco de se transformar em maligno, que cresce em mulheres durante a fase reprodutiva. Responde aos hormônios estrogênio e progesterona e ainda não se sabe as causas para seu surgimento.
O tratamento, se indicado, é possível para mulheres que apresentem sintomas e cujo tamanho já provoque alterações. Ele pode ser clínico ou cirúrgico. O primeiro é indicado em casos mais leves e o último para as situações em que haja a intenção de engravidar ou quando o tratamento oral não esteja surtindo o efeito esperado. Chamada de miomectomia, a cirurgia retira apenas o leiomioma (um outro nome para mioma uterino), procurando não alterar a estrutura do útero. Em mulheres mais velhas e que não desejem ter filhos, o tratamento indicado é a histerectomia, cirurgia de retirada do útero.
Como surge o mioma uterino
É cada vez maior o número de mulheres com miomas uterinos e a falta de informação faz com que a maioria os descubra por meio de exames de rotina no ginecologista. O receio de terem um tumor maligno ou de que o mioma seja a porta de entrada para um câncer no útero assusta, mas não há motivo para preocupação.
Os miomas são comumente tumores benignos, independentemente do formato e do local onde se alojem no útero. Também podendo ser chamados de fibroide uterino, os miomas surgem do tecido do miométrio, onde uma única célula se divide desenfreadamente, gerando uma massa diferente dos outros tecidos ao redor.
Seus padrões de crescimento variam muito, podendo ficar estáveis por muitos anos ou crescer muito em poucos meses. Da mesma maneira, eles também podem passar por um período de grande crescimento e depois encolherem sem que exista alguma ação para isso. Em geral, esse desenvolvimento rápido acontece dos 40 aos 50 anos e com uma incidência maior em mulheres negras – nove vezes a mais de que de outras etnias.
Não há definição da causa do mioma, apenas de que ele responde aos hormônios estrogênio e progesterona. Com o decorrer do climatério, a produção desses hormônios cai e o mioma encolhe. Quando uma mulher, que já tem mioma, engravida, os tumores tendem a seguir aumentando de tamanho, causando, no mínimo, incômodos durante a gestação, mas sem gerar danos à mãe ou ao bebê. Após o parto eles costumam diminuir.
O mioma uterino causa poucos sintomas e a maior parte das mulheres passa muito tempo sem perceber. Os seus indícios começam a surgir quando a menstruação fica irregular, indo de intensa a moderada por mais tempo, com a presença de anemias, cólicas, sangramentos fora do ciclo, dores abdominais ou pélvicas e problemas urinários como infecções constantes e vontade intensa de urinar.
Diagnóstico e tratamento
Os miomas são detectados a partir dos sintomas apresentados, inclusive pelo aumento do útero, o que pode ser comprovado por exames de ultrassonografia transvaginal.
Os medicamentos apropriados para o tratamento não são capazes de desaparecer com o mioma, apenas de controlar seu crescimento e até diminuí-lo.
O mais comum é o uso de pílulas anticoncepcionais que reduzem a produção de estrogênio. Mas quando o volume é grande e o mioma começa a causar outros problemas, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária. Ultimamente se desenvolveu uma técnica de embolização das artérias uterinas que diminui o mioma presente na região.Em casos mais graves e com mulheres sem intenção de engravidar pode ser feita uma histerectomia.
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