O útero é um órgão importantíssimo para a mulher, especialmente no que diz respeito à sua vida reprodutiva. Porém, quando ele se torna vítima de uma grave patologia, às vezes a única solução é removê-lo por meio da cirurgia de histerectomia vaginal.
A seguir neste artigo, confira mais sobre o procedimento cirúrgico, sua realização e motivos pelos quais ele pode se tornar necessário.
Como funciona a histerectomia vaginal?
A histerectomia nada mais é do que a cirurgia de remoção do útero, que pode ou não ser acompanhada também pela retirada dos ovários e das trompas de Falópio.
Muitas são as razões que levam a mulher à necessidade desta intervenção, como por exemplo:
- Ocorrência de câncer de colo do útero;
- Hemorragias uterinas;
- Miomatose ou endometriose;
- Prolapso uterino;
- Miomas;
- Outros.
Vale ainda reforçar que o recurso é utilizado não só em casos confirmados de câncer, mas é também um procedimento preventivo contra o mesmo, como quando a mulher apresenta muitos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da doença, por exemplo.
O útero é um órgão de, em média, 90g com potencial para armazenar algo como 20 ml de líquidos. Porém, no final de uma gravidez, ele pode armazenar até mais do que 5 litros e pesar cerca de um quilo. O útero está localizado no final da vagina, mais especificamente, fixado na pelve pelos ligamentos no colo.
Depois da cirurgia de remoção do apêndice, a histerectomia vaginal é a segunda mais efetuada em todo o mundo. Somente no Brasil, entre 20 a 30% do público feminino é submetido a esse procedimento até os 60 anos de idade, o que reflete em algo como 200 mil cirurgias por ano.
A histerectomia vaginal é o procedimento que visa a remoção do útero por meio de intervenção na vagina. Primeiramente, o médico cirurgião faz a separação das trompas, ovários, região superior da vagina, tecido conjuntivo e vasos de sangue. Em seguida, o útero é retirado.
Esse procedimento conta com o melhor custo x benefício quanto em relação aos outros, além de possibilitar recuperação mais rápida, com menor tempo de internação na clínica e/ou hospital.
A cirurgia por meio da vagina só não é recomendada quando o útero está com o volume demasiadamente aumentado, o que pode tornar o procedimento mais arriscado.
Existem, ainda, outros três tipos de histerectomia. São eles:
-> Histerectomia abdominal: o procedimento de remoção do útero é realizado por meio de um corte na região abdominal. Algo como 65% de todas as cirurgias para este fim são realizadas deste modo;
-> Histerectomia robótica: é realizada por meio de instrumentos e uma microcâmera que oferece, em tempo real, imagens tridimensionais do andamento da cirurgia;
-> Histerectomia laparoscópica: é realizada por meio de tubos através de pequenos cortes na barriga auxiliado por uma ótica inserida pelo umbigo possibilitando a remoção do útero.
Agora você já conhece a histerectomia vaginal, suas variações e como ela é realizada. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ginecologista em Patrocínio e Patos de Minas.