Diagnosticar um casal como infértil é bastante complexo, já que há inúmeros fatores que devem ser analisados até chegar a essa definição. Há fatores que causam uma predisposição à infertilidade, como casais com mais de 35 anos, doenças como endometriose e síndromes de ovários policísticos, ou a mulher ter sofrido laqueadura das trompas e o homem, vasectomia.
Cada casal saudável e com menos de 35 anos tem uma média de 8% de chances de engravidar mensalmente, contando com o período fértil da mulher, o que acaba dificultando a detecção de uma infertilidade real.
Para que a possibilidade de infertilidade seja identificada, é preciso que o casal fique um ano sem usar contraceptivos e mantenha relações sexuais regulares. Só após esse prazo é que os dois deverão iniciar uma série de exames para que seja identificada a causa da infertilidade e então estabelecido o tratamento mais adequado.
Riscos de infertilidade
A infertilidade não é rara, atingindo a média de 15% de casais em todo o mundo. Cada gênero é responsável isoladamente por 40% dos casos, ao passo que em 20% são ambos, homens e mulheres, segundo as estatísticas.
Esses dados ajudam a esclarecer que o homem tem tanta responsabilidade na dificuldade do casal em ter filhos quanto a mulher. Até pouquíssimo tempo, a infertilidade era atribuída sempre à mulher, já que o homem sequer era avaliado para não ser considerado como não viril.
Ainda como reflexo dessa cultura, é a mulher quem toma a iniciativa de buscar avaliação médica sobre sua fertilidade. Ao ginecologista, cabe uma avaliação completa, que engloba, inclusive, conhecer a rotina e os hábitos da paciente. Afinal, não são só doenças físicas que podem causar a infertilidade, mas também mentais e ambientais.
Muitas vezes, uma mudança de estilo de vida pode resolver o problema. Para ajudar a identificar essas possíveis causas, listamos abaixo sete fatores de risco para a infertilidade:
1 – Tabagismo: mulheres que, com o vício de fumar, têm um aumento significativo das chances de sofrer um aborto espontâneo. Caso consigam seguir com a gravidez, há chances de nascimento prematuro e que o bebê nasça abaixo do peso ideal. Sem contar as dificuldades respiratórias e doenças associadas. Para os homens, a contagem de espermatozoides diminui e, em ambos os casos, a cada ciclo fértil, há reduzidas chances de engravidar;
2 – Álcool: o consumo em excesso e constante de álcool influencia na produção de hormônios e nas chances de engravidar. Para os homens, também diminui a quantidade de espermatozoides. Caso haja a gravidez, o álcool no sangue pode causar síndrome alcoólica fetal, com grandes chances de abortamento;
3 – Drogas: o consumo de drogas lícitas e ilícitas é um grande risco para a infertilidade. Pode influenciar na produção de óvulos, na sua descida para o útero, na fertilização e é um risco gravíssimo caso haja a gravidez;
4 –Alterações de peso: mulheres obesas ou muito abaixo do peso ideal podem ter mais dificuldade em engravidar, já que há fortes alterações hormonais;
5 – Doenças sexualmente transmissíveis: quando mal cuidadas, podem indicar infertilidade para homens e mulheres. O mesmo ocorre com outras doenças, como caxumba, vírus e infecções, que podem deixar a infertilidade como sequela;
6 – Distúrbios hormonais: doenças como endometriose, útero septado, ovários policísticos e outros tipos de infecções ginecológicas podem diminuir as chances de engravidar;
7 – Estresse: o estresse excessivo pode diminuir as chances de fertilidade, já que sua ação pode causar deficiências, como diminuição na produção de óvulos e espermatozoides, entre outros efeitos prejudiciais. Outros problemas mentais também podem ser decisivos, como distúrbio da ansiedade, depressão e pânico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ginecologista em Patrocínio e Patos de Minas.