A libido tem relação direta com o nosso desejo e prazer sexual. Porém, uma deficiência nessa esfera pode estar diretamente relacionada a fatores externos. São alguns deles:
- Menopausa;
- Período após a gravidez;
- Picos de estresse ou ansiedade;
- Pílulas antiandrogênicas, que por conta própria são capazes de reduzir as taxas de testosterona;
- Depressão;
- Disfunção na tireoide (como hiper ou hipotireoidismo);
- Disfunções hormonais;
- Outros.
Para a grande maioria dos casos, são ministrados tratamentos específicos, capazes de compensar o desequilíbrio envolvendo os hormônios. Outros abrangem questões psicológicas, que podem ser aprofundadas com especialistas do segmento.
Do ponto de vista ginecológico, há disfunções específicas que podem impactar diretamente o desejo sexual. Alterações na produção de testosterona (sim, o hormônio também é produzido pelo corpo feminino), de serotonina e prolactina, por exemplo, influenciam na questão da libido e devem ser investigadas pelo médico por meio dos exames necessários.
Em se tratando do organismo feminino, outros aspectos que influenciam nesse quesito são a idade, a disponibilidade do parceiro e o estado de saúde, questões que variam em intensidade e frequência ao longo da vida. Vale lembrar que o uso de medicamentos (hormonais, como os anticoncepcionais orais, ou não hormonais) também são capazes de influenciar na libido. É o caso de antidepressivos, remédios de combate à hipertensão e tranquilizantes, por exemplo. Caso a mulher perceba alguma modificação nesse sentido, é importante que ela esclareça suas dúvidas com o médico, debatendo os possíveis efeitos colaterais da medicação e formas de contornar o problema.
Em casos de baixa constante na libido, deve-se primeiramente sanar alguma suspeita de disfunção fisiológica. Se for constatado que a saúde está em dia, fatores como depressão, ansiedade e estresse geralmente são os principais motivadores do problema.
Vale ressaltar que o período do pós-parto também pode trazer dificuldades em relação à vida sexual. Nessa fase, que envolve a amamentação, ocorre uma produção acima da média do hormônio prolactina, que acaba por bloquear a produção de outros hormônios e simula um tipo de menopausa anormal. É comum, assim, que haja uma queda significativa da libido no puerpério, o que pode chegar a se prolongar por até um ano após o parto.
Quanto ao avanço da idade, não é verdade que o desejo minimize com o passar dos anos, embora a produção hormonal feminina realmente decresça depois dos 35 anos. É comum, inclusive, que a maturidade e o conhecimento acerca da própria sexualidade adquiridos com o tempo se reflitam muito positivamente na vida sexual.
Por fim, é importante entender que a libido está associada a fatores psicológicos e orgânicos, variáveis a depender de cada caso e fase da vida da mulher. Para preservá-la, é fundamental manter a saúde em dia e seguir os tratamentos adequados, se necessário, como acontece com a reposição hormonal durante a menopausa.
Vale acrescentar que, além dos cuidados com a saúde em geral, a prática frequente de atividades físicas é uma verdadeira aliada da libido. A liberação de endorfina durante os exercícios aumenta a sensação de bem-estar, beneficiando também a autoestima em relação ao próprio corpo. A melhoria na circulação sanguínea proporcionada pelas atividades é outro efeito positivo para o desejo sexual.
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